Desabafos

sábado, 16 de maio de 2015

Modas




Olá a todos! Decidi hoje colocar umas fotos minhas, embora seja algo muito comum hoje em dia na maior parte dos blogues que vejo. Como eu também escrevo, o meu blogue continua a ser diferente. 
Aqui podem ver que o meu outfit daquele dia era simples, mas com uma pormenores que fazem toda a diferença. Nem sempre me visto assim, o meu género de roupa está em constante mudança diária. Em geral sou uma pessoa simples ou classy, apesar de nesta foto demonstrar o meu estilo Pin Up. Como podem ver não sou muito fotogénica, mas estas fotos também demonstram que me considero uma pessoa feliz. 
Deixem comentários, vou gostar de saber as vossas opiniões e sugestões!

Beijinho, Joana.

Vinte anos

Foram vinte anos, vinte anos que me prendeste aqui e vinte anos que por cá fiquei, com a minha vontade condicionada pelo teu desejo louco de me teres por perto. E esses mesmos fiquei, sem me mover, mesmo com todas as palavras de convicção para ir e nunca mais voltar. Mas palavras não revelam emoções: tudo o que eu desejava era ficar, como eu sempre fiz. 
Passados todos estes mesmos anos decidi dar razão à minha emoção e ficar, esquecendo todas aquelas dúvidas que me moíam o cérebro a cada segundo que passava e de alguma forma me atormentava a minha paz de espírito, dando também consideração àqueles vinte anos que me suplicaste para ficar de braços abertos para todas as vezes que eu desejasse um abraço teu. Após decidir, corri até tua casa com a maior alegria que poderia existir e bati à porta, com esperança de ver um dos milhões de sorrisos que já me fizeste. Passados uns longos minutos, lá me abriste a porta sem sequer me olhar nos olhos e dirigiste-te para o teu quarto. Nem me tinha apercebido porquê até olhar para o lado direito da tua entrada e ver as tuas malas feitas. Quando voltaste, nem falei: olhei para ti, pensando que só podia ser pesadelo, mas não poderia ser mais real. E tu, impávido e sereno, dizes que te vais embora, que decidiste não ficar lá mais, independentemente da minha decisão final. De mim, só vieram lágrimas de sofrimento e raiva, não poderia acreditar. Lentamente abri a porta de saída e comecei a ir embora, até que sinto que me pegas na mão e me levas lá para dentro. Conversámos horas e horas a fio sobre nós e tu acabaste por ficar indeciso quanto à tua ida. E no final daquela conversa fiada, lembraste-te que há vinte anos que as minhas malas ainda estão desarrumadas no canto do meu quarto, com o intuito de algum dia me ir embora, perguntando se queria ir contigo. Se fores embora, será o fim. Se for contigo, não se saberá. Se ambos ficarmos, tudo igual possivelmente ficará. E se eu for, vens comigo passear na praia ao luar?

Religião ou o bem?

Não compreendo porque é que tantos religiosos insistem em expandir a sua "fé" pelas ruas e pelas pessoas que mal conhecem, forçando-as a estar a par disso. Todos sabemos que essas religiões existem, quem quiser que se una, não é necessário isso. Aliás, só afasta possíveis crentes, na minha opinião. Respeito todas as religiões, mas acho ridículo que as pessoas crentes não respeitem quem prefere ter os seus princípios baseados sem ser na religião. O que se torna irónico, não é?Todas estas, que têm livrinhos de fazer o bem moral, dizem que devemos respeitar as decisões de cada um, perdoar, não desejar mal a ninguém, etc... mas se repararmos, são estas que não respeitam opiniões externas. Ou seja, estamos aqui num impasse: estas seguem a sua religião, ou é tudo da boca para fora só para ficar bonito? Já para não falar da tremenda hipocrisia que muitos têm, que é estar na igreja a receber indicações que o Padre/Pastor/Alguém relacionado transmite, o que não acho mal porque tudo se baseia em se ser um bom cidadão e viver bem em sociedade e consigo próprio, mas a seguir irem falar mal dos outros e imensas vezes os invejarem. Bem... decidam-se, não é? Só estão a difamar a própria religião com os próprios actos, muito sinceramente. Por isso é que eu digo que os princípios devem vir de nós, devemos estar a par do que é correto pela nossa sensibilidade de entender o que torna a nossa vida equilibrada e harmoniosa tanto perante os que nos rodeiam, como connosco mesmos. Mas reitero: respeito todas as religiões, não tenho problemas alguns em me relacionar com pessoas que tenham ideias diferentes das minhas, mas assim como eu não encho a cabeça destas a acreditarem no que eu acredito, peço que também não façam o mesmo comigo, ficando inclusivamente melindradas se não concordar com elas. Enfim...

Quem és tu, sociedade?

Que todas as lágrimas se transformem nas palavras presas à minha alma vazia de ideias, mas ocupada de emoções cruzadas e irrequietas. Que pousem dentro de mim todos os momentos de raiva, angústia e medo, para dar lugar aos outros que tanto tentam sobressair, mas que hoje mal são convidados para entrar. Estou presa à sociedade que não me pertence, que está longe do meu nome e dos meus princípios: presa na sociedade que tanto me cala, mas nada me diz. Depois disto, nada mais faço senão remeter-me ao silêncio e não deixar nem mais uma palavra em vão sair da minha boca. 
E neste núcleo vagueio pelas ruas fingindo que morri, que nem existo. Dedico-me ao que grande parte se esquece: a ser feliz como eu quero.

Doze badaladas

Se calhar está quase na hora de ires embora, de desapareceres e seguires um rumo que me é desconhecido. Neste momento é quase meia-noite, falta precisamente um minuto onde eu decidi parar o tempo e deixar que faltem infinitos minutos para a contagem decrescente desses tais últimos sessenta segundos. Por um lado acho bem deixar o tempo fluir por ele mesmo e ver o que pode acontecer nas doze badaladas: tenho a ideia que vai ser o fim, mas eu não sei... é uma incógnita. Sinceramente tenho medo de arriscar, não quero de forma alguma que isto aconteça, embora saiba que um dia mais tarde terei de dar continuidade ao tempo e deixar que ele revele a última sentença. Se calhar estou apenas a deixar que o meu lado dramático me domine e seja apenas o começo de uma nova era. Mas em mim nada indica isso... Não quero desistir do que tanto de mim levou, na ideia que deixei afincada durante tanto tempo. Acho que é o meu cérebro a dizer-me que essa paciência foi inútil se por acaso acontecer o tal fim que tanto temo. Outra faceta me diz que já devia ter arriscado e que se for o fim, que melhores começos virão.
E neste momento, afinal faltam meros 4 segundos para descobrir o veredicto, mas não me parece que os vá deixar desaparecer.