Desabafos

quinta-feira, 12 de março de 2015

E se eu te amar...

Quero amar-te como os meninos que jogam à bola na rua num final de tarde de verão, como se nada mim existisse para além

da infância que se distancia da amargura que faz da minha mente refém.
Refém da obscuridade dos pensamentos que ocasionalmente por mim passam sem avisar e me deixam incapaz de raciocinar... e não há algo que me deixe mais angústia que não saber a origem real dos meus actos. Não, a emoção não é a resposta: esse é o raciocínio errado da maior parte dos que julgam amar.
Porque para mim parte de amar é saber usar a razão: amor que é sentido unicamente com as emoções é meio caminho andado para a desilusão. Pelo menos é o que toda a gente sabe, mas raros pretendem saber. Porque a emoção prende-nos a uma realidade que nem existe... e amor que não é livre, não é amor, não passa de uma outra coisa qualquer.
Se pensar em te amar, que seja agora: longe das perspectivas incertas, do medo inoportuno, das noites em que não durmo a pensar num dia que ainda nem sei se pode existir, ou se te vou ver.
E se não te amar assim, nem vale a pena tentar.

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