Que todas as lágrimas se transformem nas palavras presas à minha alma vazia de ideias, mas ocupada de emoções cruzadas e irrequietas. Que pousem dentro de mim todos os momentos de raiva, angústia e medo, para dar lugar aos outros que tanto tentam sobressair, mas que hoje mal são convidados para entrar. Estou presa à sociedade que não me pertence, que está longe do meu nome e dos meus princípios: presa na sociedade que tanto me cala, mas nada me diz. Depois disto, nada mais faço senão remeter-me ao silêncio e não deixar nem mais uma palavra em vão sair da minha boca.
E neste núcleo vagueio pelas ruas fingindo que morri, que nem existo. Dedico-me ao que grande parte se esquece: a ser feliz como eu quero.
Sem comentários:
Enviar um comentário